terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Morri

.













.
Tirei forças de uma morte,
Que me ocorreu manhã bem cedo.
Mortificado a cada segundo parado,
Do sonolento pesar da solidão.
.
Santa madrugada formosa,
De espíritos formou-me a tristeza,
Frutos do triste sono de uma alma calejante,
Amargura alimentada pela voz da perdição.
.
O eco voa em prateado soturneiro,
Encontrando na noite uma paixão perdida,
Problemático o fim das contas dessa história,
Quando tudo se vai e a foice anuncia partida.
.
O pecador que me alegra está caído,
Pobre homem, morreu hoje cedo esta manhã,
De uma morte que ninguém sabe o motivo,
De uma vida a qual deixou de ser sã.

Douglas Ibanez
.