sábado, 26 de março de 2011

Aliás..

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Ser eu é a experiência mais interessante, insana e deliciosamente perturbada que já vivi. E sou incrivelmente feliz por isto.
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Douglas Ibanez
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segunda-feira, 21 de março de 2011

Bárbaro e Violento

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Foi quando então me olhei no espelho e percebi o que havia feito.
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Eram seis da manhã e eu me sentia completamente revigorado em um desejo assassino de matá-la. Não me julgue, pois esse tipo de coisa me ocorre com frequência, pelo menos uma vez por semana quando estou de bom humor.
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Não que eu goste do que faço, mas necessito para que seja bem visto. Pois é, acredite, as pessoas gostam da morte, pelo menos desse tipo em especial, a qual eu considero a mais doentia. E digo isso por experiência, levando em consideração o que acabei de fazer.
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Confesso que gostava de sua imagem. Era séria enquanto madura, levemente atrante para o lado mais irresponsável de ser. Uma elegante morena marcante em minha vida mas que de acordo com a posição solar me seduzia, ligeiramente, sendo uma ruiva rara e de descrição selvagem.
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Eu a amava, mas a vontade de matá-la foi maior naquela manhã. Não havia outra maneira. Era minha obrigação. Peguei a arma do crime com pressa, não havia tempo, aquilo precisava ser feito de imediato. Já estava quase banhada por completa, minutos anteriores minhas próprias mãos lhe passaram o sabonete por todo o corpo delgado. Era o momento, o único.
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Cortei em primeiro instante, esperando por uma dor que não veio. Ela me olhou incrédula. Uma segunda vez mais profunda e o sangue brotou de dentro. O trabalho havia começado, meus olhos injetados alcançando a loucura do espasmo máximo do possível. Era terrível. Era delicioso.
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Ópera em meus ouvidos. O sangue espirrava pelo banheiro. Lentamente eu ouvia seus gritos mudos se desfarelando pelo resto de vida que ainda tinha. Eu a matava. Ela clamava por misericórdia. Sorri. Cortei. E o sangue mais uma vez lavou minha alma cheia de necessidades mortais.
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Um último olhar ao deixado para trás e ela se foi. Consegui ver seus restos ao meu redor. Foi doente, foi monstruoso. E o reflexo refletia minha verdadeira face, muito mais bela após a carnificina. Mais jovem, mais experiente e por completo mais assustador.
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Foi quando então me olhei no espelho e percebi o que havia feito. Um corte e uma gota de sangue, apenas uma consequência de um barbear tão se jeito.
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Douglas Ibanez
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quarta-feira, 16 de março de 2011

O Proibído

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HAHAHAHA!
É nessa hora em que vocês se perguntam - o que diabos este garoto começa um texto rindo? - e entendem que coisas sãs não devem passar pela mente do próprio. Claro que eu não sendo são como deveria ser (dou um doce quem for são por completo), não dou risada assim, repentinamente (mentira, dou sim), na verdade, tudo tem um contexto (na calçada principalmente onde geralmente eu começo a rir simplesmente por rir).
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Eis então que então te pergunto, caro leitor assíduo e não assíduo desta localidade mundana: PROIBÍDO É MAIS GOSTOSO? (Como assim José?).
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Vou explicar. Todo mundo conhece este ditado e creio eu, se estiver crendo errado me corrija, que também todos já usuram e abusaram desta condição "gostosa" da quebra do lacre da proibição. Quem nunca fez isso?
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Vejam eu por exemplo. Escrevendo este texto em lugar que não posso. Não conto, não digo onde (curiosidade cantando ópera agora que eu sei) mas posso dizer que a sensação é muito.. interessante. Para ter noção, as ideias surgem aqui como calor no deserto, proibição efetiva, concordam?
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Querendo ou não, o ser proibído acaba nos levando a outro nível de auto-conhecimento. De saber do que somos capazes, do que acaba surgindo em nós nesta situação e como conseguimos lidar com esta condição atentada dentro da gente.
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Levante a mão quem já gargalhou dentro do elevador sem motivo, ou algum filho que começou a chorar escandalosamente dentro da igreja. Velório. Coisa chata. Mas tem gente que não se segura! Proibições que não são ditas, mas temos consciência delas em nosso íntimo, este mesmo querido que nos faz quebrar as regras que nossa própria cabeça colocou (conheço gente que vê a mãe caindo, se machucando, mas não consegue deixar de deitar de rir do acontecido), (esse não sou eu).
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A gostosura do proibído é uma fartura, um banquete medieval aos olhos do nosso próprio ego. Desafiar o que nos restringe sem que ele saiba disso. Fazer o que não se pode para mostrar a si mesmo que é possível, alcansável enquanto se tem o prazer de sentir o perigo de ser pego a qualquer instante.
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Proibir é bom. Controlar a proibição que te cerca é melhor ainda. Depois de tudo então, eis que a pergunta se retorna: O PROIBÍDO, PARA VOCÊ, É MAIS GOSTOSO?
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Torço para que reflitam.
É proibido comentar (psicologia reversa).
Sintam o gosto de quebrar.
Agora acho que entenderam a risada no princípio (não, não entenderam, ok).
Espero que tenham gostado.
Um grande abraço a todo mundo.
Até mais logo ver.
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sexta-feira, 11 de março de 2011

Próxima Estação: Sé

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São Paulo, Estação da Sé, 8h30 da manhã, pessoas contra horários, o caos. A chegada do trem justificando mil atitudes, a correria de um motivando a correria de todos. O homem de terno cinza aparece pela plataforma, pula com pressa pela porta semi-aberta, semi-fechada. Sua maleta, muito bem resolvida em couro legítimo, acerta as costas da mulher gorda com sacolas de hipermercado pelo chão, causando uma grande confusão.
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Um xingamento. O homem retruca a falta de educação familiar. O espaço era contido e muito mais do que apertado, como diz a física, dois corpos não ocupam o mesmo lugar. O vizinho da Dona defende sua gordura, a criança ao lado mostra o caos para sua mãe. "Ah filho, estou acostumada", diz ela confortavelmente acomodada em seus 2 centímetros de barra reguladora de gente.
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O apito toca. Usuário que poderia ter ser matado em outro horário na linha. A curiosidade nos olhos alheios pela situação alheia. A briga continua, algumas risadas, algumas caras feias, um casal às carícias no fundo e mais os espantados surpresos por nunca terem visto tanta coisa em tão pouco lugar. São Paulo, Estação da Sé, 8h31 da manhã, pessoas contra horários, o caos. O apito toca, a porta se fecha, o trem se despede.
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Douglas Ibanez
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terça-feira, 8 de março de 2011

Mulherada

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FELIZ DIA DA MULHER
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Vocês merecem..
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sexta-feira, 4 de março de 2011

Veneno Carnavalesco

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Bom Dia a todos meus queridos!
Hoje, o que significa algumas semanas atrás, por que provavelmente escrevi isso bem antes de publicá-lo, tive um abatimento em minha mente cheia de nuvens e resolvi fazer algo um tanto problemático, afinal, ao fazer uma crítica, opiniões sempre se divergirão, mas fazer uma crítica no começo do ano ao CARNAVAL é quase que um suicídio.
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Não sejamos tão dramáticos. Muita gente que conheço não curte a festança e basta ler algo contra que se satisfaz pelo dia inteiro. Isso se deve ao fato, creio eu, de que muita gente por aqui curte outros tipos de coisas, que automáticamente se ligam a mim e a todo o restante.
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O fato é que, falar mal do Carnaval virou praticamente uma moda (isso mesmo produção?), aderida por muitos e muitos pelo Brasil inteiro. O porquê disso? Sinceramente não sei. Mas o que vou falar hoje é mais um sentimento do que propriamente algo contra.
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Carnaval é festa, alegria (putaria), diversão.. resumindo, a farra do boi completa. E é, além disso, a maior festa brasileira, admirada por tantos e por todos lá de fora, um exemplo e um estigma do nosso Brasil.
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Mesmo com tudo isso, eu nunca fui fã de Carnaval. Em épocas mais remotas (falou o idoso) eu até tentava ficar a noite toda acordado, comendo amendoim torrado, para ver todos os desfiles das Escolas de Samba de São Paulo. Mas hoje, vejo aquilo que posso com sempre o mesmo motivo, ver até onde chega a criatividade da escola de reproduzir tal tema do desfile.
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Acabo ficando admirado e intrigado com certas coisas, confesso. Contudo, após este momento passar, é como se nada tivesse existido.
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Não sei quanto a vocês, mas eu sou saudosista de algo que nunca vivi. É. Eu sinto falta dos tempos em que Carnaval era comemorado na rua. Com todos fantasiados de verdade, pierrô colombina, fada, mago, pirata, mágico, e não com um tapa-sexo do tamanho de uma unha que chamam de Fantasia.
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Desculpe mais uma vez, percebam que isso não é algo contra, algumas roupas do Carnaval são lindas, mas, ainda assim, não as considero fantasias, apenas um glamour de jóias colocadas sobre o corpo com penas de animais verdadeiras (isso eu sou contra).
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Não se tem mais a tradição de se sair na rua, todos vestidos, homem de mulher, mulher de homem, cantando marchinhas a lá Olha a Cabeleira do Zezé, jogando confetes e serpentinas. O samba dominou. A roupa diminuiu (sumiu). E a velha e divertida tradição se foi.
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Claro que existem lugares que fazem festas do tipo, não são tão difíceis de serem encontradas, mas o que se perdeu foi isso ser a peça principal, o gosto real. A diversão deu lugar a malícia e ambas, aparentemente, andam juntas, embora para alguns, não.
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As vezes olho para alguma novela antiga em que se mostra este tipo de Carnaval e sinto uma vontade enorme de me transportar para lá. De viver o que não vivi. Me lembro de minha avó, bisavó contando.. era tudo tão animado!
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Mas, de qualquer forma, o Carnaval 2011 está aí. Samba, festa e alegria (já disse putaria?). Então, já que tem que ser, por que não se divertir com o que se tem, certo? Sem se esquecer, também, do Carnaval do Nordeste que, pelo que me dizem, é MARAVILHOSO!
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O Pierrô um dia chorou por não existir no coração da Colombina. Hoje ele chora por não existir no coração de mais ninguém.
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Bem pessoal, é isso.
Espero que tenham gostado.
Digam suas opiniões e acima de tudo, sejam felizes!
Quem curte o carnaval, se divirta, tenha juízo, camisinha e moderação na bebida!
Tirando essas precauções, podem cair na gandáia!
Abraço!
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Alalaô.. ôô.. ôô.. mas que calor.. ôô.. ôô..
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