Ultimamente, não sei se alguém percebeu tal coisa, tenho estado bastante empolgado em postar neste blog, que depois de muitas indas e vindas, idéias furtivas e indecisões básicas de minha mente, começou a tomar uma cotidianidade bem corriqueira (cada palavra hein?) e que pretendo levar a diante...
Então: Mãos a Obra!
Hoje estou aqui para falar de algo bastante curioso que vi ontem de madrugada enquanto tentava pegar no sono. Com o mexe e remexe sobre minha cama, resolvi definitivamente parar de tentar dormir e comecei a ver televisão que estava ligada fazia um tempo. Em uma hora daquelas não tinha muita coisa que prestasse passando, então resolvi ver
Altas Horas, que aliás eu gosto bastante. Foi quando então, em um quadro que me parece relativamente novo, onde
Sérginho Groisman entrevista alguém dentro de um carro, surgiu uma mulher com uma carreira bastante peculiar e que me chamou a atenção.
Itha Rocha está no mundo das Carpideiras desde muito pequena já que sua mãe trabalhava nesta área diferente e lhe apresentou os gostos e desgostos de tal profissão que existe a mais de 2 mil anos.
Acabando com a surpresa, a função de uma Carpideira é chorar. São profissionais femininas, onde recebem um certo valor monetário para chorarem em velórios de pessoas com as quais não possuem nenhum sentimento ou grau de parentesco.
Pode até ser estranho, mas para mim, pareceu algo no mínimo curioso e interessante, afinal, quem precisa pagar para se ter alguém chorando no próprio velório? A resposta, dada pela própria Itha Rocha, é bastante conclusiva. Ela diz que o choro sobre o corpo de alguém que morreu ajuda na passagem da alma do falecido para onde quer que ele vá e quanto mais gente ao seu redor chorando, melhor.
Além disso também, existem casos onde a família está mais preocupada com a herança deixada, com a escritura da casa ou com o testamento a ser lido e esquecem de certa forma do corpo ali velado, então a Carpideira, vai de encontro ao defunto e tenta acalmá-lo de certa forma em relação a tudo aquilo.
Para as Carpideiras, mais propriamente dito Itha Rocha, ir em velórios é algo bastante confortável e prazeroso, pois gosta daquele momento de união entre os familiares, da explosão de sentimentos e da franqueza no choro de cada um.
Muitas famosos já tiveram Carpideiras em seus velórios, como Lady Daiana, Clodolvil Hernandez, Airton Senna e muitos outros. O trabalho dessas profissionais variam entre missão, que é quando elas não recebem nada por sua presença e choro, e negócio. Além disso, muitas pessoas já possuem a presença delas reservada no dia de seu velório, que ocorrerá algum dia no futuro.
(Entrevista com Itha Rocha no Altas Horas)
Sinceramente, achei essa curiosidade bastante diferente e interessante para se postar aqui e por isso, tratei logo de digitar o que tinha para contar. Bizarro, estranho ou completamente sem noção, muitas mulheres levam a vida desse jeito e por ser uma profissão como todas as outras, merece seu devido respeito. (rsrs)
Bem, por hoje é só...
até a mais ver!.!