segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Que Eu Quero?


Queria pousar em uma pista de voo, com destino direto à emissão claustrofóbica de um quarto fechado. Deitar-me nas sombras de uma escuridão qualquer. Não tenho exigências. Tampouco ordens condecoradas com eufemismos. Só preciso silenciar o momento que desconcerta toda a bagunça que se devaneia em mim. Sem mais filhos carentes: bastardos alegres. Seus corpos em epilepsia noturna. Os desligo com o finalizar de um estrobo. Não quero olhos. Não quero dentes. Sem bocas, sorrisos e afins. Tiro-me a roupa e me visto de um céu estrelado que me conforta em destreza do que quero assim. Giro o botão em um longo caminho, com mais de um pouquinho de própria comunhão. Você pode participar, contanto que não me leia. Busco aquele que não saboreia minha dose de ilusão. Venha, estou aqui.

Douglas Ibanez
(22.05.2015 - 00h17)

 

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