Um cobertor de letras que me aquece de noite. Eu o costuro nos olhos, na tentativa, e enxergo estrelas que querem ser vistas, mas ficam vermelhas com o irracional medo do que ainda não aconteceu. Se me lambuzo no veludo do céu, eu encontro palavras que me abraçam nos sonhos e descrevem abstrações que o interrogativo tenta desviar. Eu me viro de lado e tento dormir.
Douglas Ibanez
(02.07.2016 - 2h38)
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