Nudez é cada parte da pele,
enquanto me toco com sua memória,
uma obra de arte para cada sentido
que te faço fazer.
Lábios notórios
descobrindo o caminho de um doce momento,
se masturbando com o gosto
do seu odor melancólico, quase sexualmente tristonho.
Esculturas de corpos que morreram
tentando, são bundas tão lindas
sem chegar ao que é seu. Me culpo
por isso. Eu desejo querendo mais.
Centímetros sem causa nenhuma e eu
desço por sua coluna,
só quero moldar - esculpir o meu plano,
sem roupas, sem eu.
Me vem a degola, senta em mim,
desajusta meu treco que descontrola o perfil
de uma cara vazia de um cara só teu.
Transpasso e desejo de novo.
Paredes comigo contigo e sentigo - descendo e subindo,
do ego ao umbigo, com beijo na alma e barba na nuca,
pedindo arrego no meio do peito, com boca
na culpa, do sorriso e do aconchego.
Douglas Ibanez
(16.04.2018 - 01h43)
Nenhum comentário:
Postar um comentário