Explode sem freio
No meio da rua,
Tão crua (!) a carência
Que pode e fode.
Latência que treme,
Que quer,
Que cheira a desgraça,
Me xinga, me abraça.
Me pega no colo, sem jeito.
Eu quero e desquero,
Meto a colher e ela se vinga,
Na beira do nada.
Desenfreada é a queda,
Uma visão de sossego,
Que azeda o aconchego, tão feio,
De um pão que devoro todos os dias.
Douglas Ibanez
(23.06.2018 - 1h23)
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