Há espaços entre os vidros
Onde me recoloco.
Me viro e desloco,
Sem local.
Olho para o lado,
Diabos sussurram,
Diabos dançam.
Qual é o seu?
O meu apaga a luz,
Sorri como nunca,
Respira na nuca.
Na minha.
E o arrepio? Me arrepio.
Do cóccix ao além,
Do couro ao cabeludo,
Sussurrando, me degusta.
E as plumas?
Diria quem vê de fora,
Como se contrapartes fossem,
Por ora, clichês.
Rasgo as costas num furo,
Arranco uma pena,
Vermelha vida,
Sangrando ela mesma.
No escuro, a luz
Eu seguro, apagada
E embriagada,
Dançando, girando.
Douglas Ibanez
(23.03.2019 - 10h20)
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