quarta-feira, 29 de junho de 2016

Um beco ao amanhecer


Odeio ficar sem saída, com o dever despreocupado de deixar acontecer. Existem horas e horas, mas o agora não é sobre nenhuma delas. E eu questiono meus poderes quando me encontro em tal situação de mão única: impotência seria uma palavra muito abrupta para tal? É como um joguinho patético que repasso em mente. Não posso perder o controle, senão uma, duas, três, quatro vidas eu devo perder. Sufoca, entende? 

E sem perceber já estou para baixo, com a ajuda do velho sorriso esperto, uma sobrancelha erguida ou, quem sabe, em dias mais corridos, um rosto que diz: PARE! Eu saboreio o preparo para as coisas mais complexas que posso vir a experimentar. Por isso, não me poupe de minutos questionados em minhas ligeiras passagens de compreensão. São coisas só minhas, aleatórias, mas que, ainda assim, me transportam para a força que preciso de um bem-estar próprio e comum, ao passível de erro. 

Douglas Ibanez
(11.05.2016 - 8h25)


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