Me perdi da minha mãe. Soltei sua mão em meio a multidão. Dezesseis anos eu tinha e meu velho floresceu com um cara barbudo que não escuta sem antes escutar vozes no lugar de vezes e, às vezes, isso acontece bem quando os anjos passam e não dizem amém.
O que se perdeu se foi como água rodando no ralo do banheiro, ao contrário, distorcida e retorcendo cada coisa que eu não ouvia ou dizia - ou queria dizer. Eram ecos, hoje gritos sem se repetirem, e os dezesseis anos fizeram aniversário numa festa sem eu. Porquê?
Douglas Ibanez
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