sexta-feira, 13 de julho de 2018

O Descer: Fraqueza Titânica


Carrego o céu enrolado no pescoço, como sentença de um julgamento que começou culpado e terminou perdido, sem ao menos saber para que lado virar. Só que o nó aperta depois de estar frouxo - vai, volta. Rodopia! Sem saber encaixar o veludo escuro que cobre meus ombros.

Eu entendo de tanta coisa, ao mesmo tempo que não bebo aquilo que ensino - faça o que faço e acabará como eu; tomei sequelas com rodelas de açúcar, em uma dose de quedas que não deu para contar. E eu vou cair, mesmo tão fraco. E eu vou ter dúvidas, apesar de já as ter.

O céu muda de cor como numa borboleta amarrada no pomo, eu brinco com ele e me engasgo como que nem vem, nem bem-vindo. São estrelas mortas, como uma lua que tenta manter o seu brilho, noite sim, noite menos e noite nada. Escuridão é o momento e o que é novo permanece na nova, sem prova ou limite do cair.

Douglas Ibanez
(09.04.2018 - 03h33)



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