Do meu quintal olhei aos céus,
com anéis girando seco,
como o gelo ao meu redor.
Havia regras em sua voz,
tão grossa quanto sua paz,
que ali jazia tão tarde.
Fazia um círculo em datas,
me cobrava pelo o que me contou
e eu pelo o que nunca tive.
Me contive e o amarrei nos pulsos,
onde batia o meu coração
tão lento, parando.
Onde a vida corria
por veias redondas, grossas.
Grossas como somos grossos.
Meu saturno girando, me dizendo
que metade me abriga
e outra metade se cansa.
Que do meio me escreve,
no meio me encanta.
Sem dança, nas pernas uma trança.
No espaço o nosso espaço.
E me deve um novo laço, um amasso,
com gosto de abraço.
Douglas Ibanez
(15.08.2018 - 2h20)
3 comentários:
Que maravilhoso! Veio tão intenso, que transbordou do peito. Que lindo !!!
Simplesmente adorei!
Dois lindos vocês dois!! 😍
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