quarta-feira, 27 de abril de 2016

Há de ver


Há tanto
e há nada.
Há sempre
o adeus.

Há o simples
desgosto.
Há o dengo,
que prometeu.

Há algo
sem haver.
Há tudo,
sem se ver.

Há eu
e o não eu.
Há o meu
e há o seu.

Há coisas
conversadas,
há letras
bem versadas.

Há sentido
sem sentido.

Há o agora
e não demora
e há o lá fora
aqui dentro.

Há o peso,
há o pesado.

Há o eu mesmo
não notado.
Há no escuro
o que há de estrelado.

Douglas Ibanez
(27.04.2016 - 0h24)

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