Uma luzinha constante, na palma da mão, é um aceno distante que o momento lhe entrega. Não é cheia de brilho, contemplado em camadas... aquele desperdício que o fogo chama de si próprio. Só vejo uma cria, sem medo e sem a cina de que algo vai dar errado.
Contraria as tendências de um mormaço inquietante, que queima a pele sem nem existir no calor do segredo - uma gritaria sussurrada no invisível. Não, essa aqui reverbera no não obstante, enquanto derrete a bondade de uma fé que o céu tirou do mundo.
São escalas de cinza de um dia chuvoso, que não atingem a luzinha, soberana na queda de uma gota de hoje. Enquanto os olhos permanecerem abertos, há muito a ser visto em um horizonte qualquer.
Douglas Ibanez
(07.06.2016 - 00h36)
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