Te espero deitado,
de pernas abertas,
contando detalhes
sobre meu corpo nu.
Divido meu dia nos lábios,
silenciando a vontade
de continuar a história,
morta sem saber que viveu.
Em conversas da noite,
são meus arrepios que dizem
gemidos que nunca direi
de olhos abertos.
Eu mordo sua boca
enquanto preencho a alma,
entregue ao meu colo
que continua dançando.
Te fodo no hoje,
em promessa,
que amanhã eu retorno,
porque de você eu preciso.
E deixo escrito,
meus desejos de te fazer,
como erros perfeitos
que continuo criando.
Um oceano
me enxarca de você.
O gosto me permite,
enquanto eu apenas recito.
Adeus e a poesia se vai,
deixando perdida
a minha orgia só sua.
Peregrina, mutável e residente.
Douglas Ibanez
(09.10.2016 - 1h46)
Um comentário:
Douglas que poema lindo! Gostei demais. Parabéns por esse solo de arrepiar. Bjs
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