segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Desmemorial


Quando o menino segura círculos congelados, ele carrega o mundo nos braços, de uma maneira que somente ele desconhece. Há o gostinho do velho na boca, que se derrete com a língua salivando o que já aconteceu. Sem rodeios, nem claras expectativas sobre o passado. Não existe motivo: desmemorial. E do que era sem jeito, apareceu o capaz de ditar regras automáticas em uma escrita automática, após decisões manuais de um lugar que somente o guri parecia saber. Continua nevando uma tempestade... permanece chovendo água do céu. Não há história para sentir desta vez.

Douglas Ibanez
(11.11.2016 - 3h16)


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