Relógio,
me aguenta
torcer o ponteiro,
que roda a roleta.
Me joga
no trem que se esconde
em curva marota,
descendo a ladeira.
Não sei
o que não precisava,
para um cacho de uva
nascer tão nascido.
Eu jogo.
Não vejo.
Baralho e caralho,
sem duplo sentido.
Queria um carinho
de mim, sem demora.
Sorriso,
absinto
abstrato.
Do lado de fora.
Sem jeito,
buscando na vida o que me sufoca.
Ceifando o que se deita,
para ele não ver.
No chão não obedeço -
descrevo
uma gíria sem nexo.
Sou sexo
que respira,
me inspira,
a natureza tão morta
do movimento tão certo.
Volta do tempo.
O mago me escreve.
Douglas Ibanez
(26.7.2017 - meia-noite)
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