Eu não consigo estar na sua alma, por isso eu engulo o que me entrega dela e mergulho num oceano sem receio de me afogar. No escuro eu vejo brilhos de estrelas despertas, praticamente certas de tão erradas que são. E eu me olho no seu centro, uma luz vermelha entrando em combustão, com gravidade inexplorada, me puxando com força sem nenhuma explicação. Sou eu ali dentro - de cada cosmo que transparece e se desmancha em águas passadas, paradas e vividas. Isso me atrai, de alguma maneira. Me explodo em fagulhas que se exalam de mim - sou uma vela festiva que torce sem dizer o que espera. Se desmancha e espalha. São anos a luz até alguém conseguir ver e enquanto caminho, meus outros se olham e brilhantemente se tornam mais um pedaço do eu. Sem partir - sem estar, mas apenas estando e deixando tocar.
Douglas Ibanez
(14.7.2017 - 00h30)
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