E essa minha mania
de me perder nos detalhes que crio, exatamente, para não me perder.
São mapas geométricos,
que definem uma ordem libertária
numa obra ré primária no quesito liberdade.
Eu corro por meio de listas,
danço por entre espaços de uma linha e outra,
sinto o vento na cara, nas mãos, nos pelos.
Ah, o prazer da perfeição!
Corre, escorre e perfura como goteira,
gozado como o orgasmo, molhado como a ferida.
Perdido feito um tiro inocente,
que mata no meio da rua por olhos tortos demais,
com audiência desconhecida e palmas de gente morta.
Eu corro no meio do mato,
me deito em terra vermelha, bagunço
a bagunça de minha existência.
Laranja como meu pelo, no meio: silêncio do meu costume.
Olho as estrelas, de olhos fechados,
escrevo um poema, sem pena, em pontos traçados do resistir.
Douglas Ibanez
(10.08.2019 - 02h05)
Feliz aniversário, Doug!
:)
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