sábado, 11 de outubro de 2014

Mitologias


Poseidon esbraveja das profundezas do oceano. Seu tridente direciona o que o desespero enfrenta. Milésimas gotas cintilam o ondular do grito, submergido em pressão mitológica, contrariando as leis da inércia.

O bater retorna bravo. O mar levanta em combustão histérica. Verdades que molham, após anos de dramaturgia, e gargalham na face do que já quase se desintegrou.

O maremoto surge na garganta de um deus grego, feito por si mesmo, sob o máximo de controle. Mas uma hora a fúria escapa, despedaça o mundo e então tudo pode começar de novo.

Douglas Ibanez
(10.10.2014 - 18h29)