quinta-feira, 28 de abril de 2011

Noite de Suicídio

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As vezes eu me canso de tanto viver. Fecho meus olhos no escuro da madrugada esperando morrer por somente um segundo, para poder descansar de todo pesadelo que se sonha acordado. Repousar na falência mundana da escuridão. Não pensar em nada. Não viver coisa alguma. Apenas desaparecer. Deixar de ser. Não sou suicída, sou apenas um mero cansado, um pobre coitado, pedindo perdão. Viver é uma arte e sou um artista. Acredite. Só quero acordar de uma morte tranquila, com o descanso nos olhos, a paz no coração.
Douglas Ibanez
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domingo, 24 de abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

E Se..?

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Você já pensou sobre o SE de sua vida? Aliás, existe algum SE nela?
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Outro dia estava lendo um livro (um bom livro já adianto) em que este assunto foi levantado. Claro que de forma bem sutil, sem nenhum tipo de maior importancia, já que a história estava tomando outros rumos, mas acabou me deixando realmente intrigado sobre.
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Isto sem um nome determinado, ao qual eu e meu amigo livro lido chamamos de SE, consegue beirar o limite do perigo. São aquelas situações em que, por algum motivo, seja ele qual for, precisamos fazer uma escolha, tendo que optar em ter um lado enquanto se desapega do outro.
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Obviamente existem diversos desses SE ao longo do tempo, mas alguns deles são tão cruciais e de um valor tão importante que são capazes de mudar uma vida inteira, o trajeto de sua vivência a partir da escolha. E é neste exato ponto em que nos perguntamos, e SE..?
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Escolhido, seguido, mostrado, contado, feito.. tantas coisas poderiam ser diferentes com este bendito SE. Tantos caminhos poderiam ter se cruzado, desalinhado, descido, subido e escorregado.
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Confesso que vasculhei meu passado, em busca de um valioso SE que realmente tivesse custado minha vida de hoje, caso tivesse sido escolhido anteriormente. Talvez eu tenha achado, talvez nem tenha sido tão importante assim.
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Aliás existem as torturas. Pois é, imagine, viver para sempre dentro dessa condição, de lembrar do passado pensando em como tudo poderia ser diferente se aquilo tivesse acontecido. Ou não, quem sabe? Quem vai saber? Ninguém.
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Não se pode viver no SE. Não se deve. Viver um presente que poderia ter acontecido é viver uma ilusão inexistente de uma tentativa de ser feliz. A felicidade é encontrada no que acontece e não no que poderia acontecer.
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Mas ainda assim, a tentação do pensamento é grande. Uma viagenzinha ao nosso SE mais poderoso nem sempre é tão ruim. Por vez, ele pode ser muito mais esclarecedor do que se imagina. O SE pode ser sua tortura, seu alívio, apenas um passado distante e um futuro difuso.
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Saibam dosar suas viagens
mais sombrias ao seu íntimo denso.
Qual é o seu SE?
Espero que tenham gostado.
Um grande abraço pessoal.
Até mais!
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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cioran diz:

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Existir é um hábito que eu não me desespero em adquirir
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domingo, 10 de abril de 2011

Agoniado

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Ás vezes olho para o espelho que reflete o mundo em vivemos no dia de hoje e me pergunto se a natureza do ser humano pede socorro por uma salvação dela mesma, perante aquele que sangrou sua alma ou se clama pelo perdão de ter destruído uma parte de um futuro que poderia ser diferente, mas continua se desmanchando em sangue e morte, sem nenhum tipo de misericórdia. Um pedaço de si mesmo. Doze pedaços de Deus.
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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pecados

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Preguiça que toma conta de meu fraco corpo,
Volte ao seu lugar de primeira origem.
Deixe me viver o que devo, o que posso, o que sofro,
Sem o arrependimento de me arrepender outrora.
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Luxúria que toma conta de meus sexuais assassinos desejos,
Volte para o vermelho de onde seu estupro floresceu.
Deixe me pensar na perdida puresa vivida sem jeito,
Que um dia existiu e me enrubeceu.
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Vaidade que toma conta de minha única bifurcada imagem,
Volte para o espelho de onde nunca deveria ter saído.
Deixe me respirar quem eu sou em minha real essência,
Olhar-me para dentro e entender que este sou eu.
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Gula que toma conta de minha devorada boca,
Volte para a fome cujo nome é seu verdadeiro lar.
Deixe me vazio ao necessário do que necessito,
E se torne tranquila quando alguém novamente chamar.
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Inveja que toma conta de minha obscura alma,
Volte para seu leito um dia chamado de inferno.
Nunca retornes em sua personificação sem calma,
Sussurando na loucura o que torna um coração incerto.
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Avareza que toma conta de minhas desnobres escolhas,
Volte para sua maior falta de riqueza espiritual.
Engula o que lhe é de importância sem ser importante,
Afogue-se no medo de perder o que de menos tem de essêncial.
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Ira que toma conta do mau mais cruel oculto em mim,
Volte para as profundezas de qualquer algo sem ser eu.
Livrai-me da discórdia ocorrida em meu maior pesadelo sem fim,
Transgride as regras de minha cólera, chora e me separa do meu.
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Pecados que tomam conta do que me tornei neste momento,
Voltem pelo mesmo sentido pulsante em que vieram.
Escondam a sustentação de minha humanidade por mais um bater de sortilégio,
Vivam na medida do controle do que devo,
Nas possibilidades daquilo que me deram.
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Douglas Ibanez
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sábado, 2 de abril de 2011

Curiosidades de Um Prostíbulo Biológico

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Você sabia que na África os rinocerontes deixam alguns pássaros nativos pousarem em suas costas enquanto eles vivem a vida andando por aí?
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Pois é, isso se deve ao fato de que esses pássaros se alimentam dos parasitas existentes nos rinocerontes, já que os mesmos não tem como tirar os tais bichinhos. Eles deixam que os pássaros façam isso por ele. Enquanto um come, o outro se livra de carrapatos e colegas. Uma ajuda mútua.
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Aah! E você também sabia que os crocodilos, predadores naturais, não comem os pássaros que ficam em suas bocas enquanto eles ficam com elas escancaradas tomando sol?
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Exatamente! Isso, ocorre devido a ajuda que um dá ao outro. Crocodilos não tem como retirar os restos de comida de seus dentes, não alcançam. Deste modo, deixam os pássaros fazerem isso, pois os mesmos se alimentam destes restos. E se por um acaso algum crocodilo de bocona aberta ser sacana, picareta e comer a pobre ave, toda o grupo de crocodilos o abandona, pássaros não voltam mais e ele provavelmente morrerá sozinho e com a boca podre. Um ajudando ao outro.
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Agora o que aconteceria se os pássaros resolvessem comer mais do que os bichinhos do rinoceronte? Se descobrissem algo mais, digamos, saboroso em seu corpo volumoso, cinzento e forte e resolvessem dar aos outros animais em troca de alguma coisa qualquer? Imagine, o comércio aéreo de rinocerontes!
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E se o crocodilo matasse o pobre pássaro numa armadilha? Fizesse disso um necessário hábito de sobrevivência, sem cansar, vendo a atitude como forma de comida fácil e todo o resto do grupo lhe desse apoio e fizesse o mesmo?
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A natureza deu um pouco de si para o homem sobreviver. O homem viu que era bom, usou, reusou, abusou e vendeu. Transformou a vida em mercado. O equilíbrio foi quebrado. Não existe mais ajuda de natureza para homem e de homem para natureza, apenas a exploração é o que existe. O dinheiro quem manda. A prostituição do meio em que vivemos.
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No fim, o rinoceronte morreria infestado de carrapatos parasitas sem ter quem resolvesse este chato problema. O crocodilo morreria pela boca, por aquilo que usou para destruir quem mais lhe ajudava. De mau hálito e sem ninguém para ajudar. Já os pássaros, não teriam o que comer e iriam sumir, um por um. Ninguém mais sobreviveria. O ciclo foi destruído.
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Reflita.
Abraço.
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sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Cronista chega ao seu fim..

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MENTIRA!
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Pois é, idiotice, eu sei.
Mas não resisti a esse dia, sempre fui fã de 1º de Abril. ^^
Bem, até amanhã pessoal com uma postagem mais interessante.. rs.
Abraço e um bom começo de mês!
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