terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ménage à Trois

Venha Desespero, dê sua mão!
Dançaremos a noite inteira.
Cinco oitavas de um tango permanente,
Que ruboriza com uma errônea sedução.
Que situação!

Jogue fora esta rosa, ela cheira a sangue.
Chame seu amigo! Medo, junte-se a nós.
Somos três sentidos, três sorrisos, três perdidos.
Um ménage de alcoólatras!
Me sinto um indecente.

Troquemos de música.
Quero salsa! Talvez um Tchá Tchá Tchá.
Cinco, seis, sete e oito! Beije meu pescoço.
Está vendo esta lágrima?
Está sentindo meu sofrimento lhe aquecer o corpo?

Noventa notas de uma noitada cantada.
Uma orgia de alegria!
São corpos que me invadem em um recinto assistido.
Sorria Dor, toque meu corpo. Beba meu suor.
Seu voyeurismo me incomoda.

Não observe, participe.
Me prove, me encante. Me faça gemer.
Estou destruído por dentro, pegue um pedaço!
Sou de vocês nesta cama, nesta sombra.
Dance. Transe. Me alimente por agora.

Douglas Ibanez
(06.11.2014 - 12h01)



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