quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Formatando o Cérebro

Bem, podem puxar minhas orelhas (elas não são nada pequenas mesmo), afinal faz um certo tempinho que desapareci (não fui sequestrado), mas na verdade quem parece quem parece que foi surpreendido por um pequeno amigo foi meu computador.

Ok, ele não é meu computador, na verdade ele é da minha irmã, mas de forma ou de outra, preciso utilizá-lo para poder viver e conviver. Pode até ser exagero mas é a pura verdade da huminadade recente (falei bonito, não falei?).

O fato é que computadores e coisas do gênero me dão nos nervos. As vezes tenho vontade de arrancar os cabelos e arranhar a tela do computador, com uma necessidade omitida de enfiar a mão lá dentro e arrancar todos os fios a força. Salvo do choque elétrico que provavelmente eu sofreria, pelo menos, estaria vingado.


O engraçado é que, mesmo com raiva dessas engenhocas vingativas, elas fazem, querendo ou não, parte de nossas vidas, pelo menos agora. Duvido quem não fica nervoso, angustiado, entediado e sem nada para fazer quando seu formoso computador não está em casa. Aqui ele ficou 4 dias formatando e por mais que eu até me acostumei, quando ele voltou, foi um alívio mundial.

Claro que a tecnologia está em toda parte, mas as vezes me assusto e me pergunto até que ponto ela é tão necessária em nossas vidas? Internet é uma coisa bacana, tem seu lado negro, mas pode trazer também diversão, cultura, conhecimento e contatos certos para as pessoas que as aspiram. Salvando esses motivos, os vícios e modos que toda essa parnafernalha causa em nossos cérebros é assombroso.

Quantas pessoas passam mais tempo atrás de uma tela acesa do que respirando ar puro do lado de fora de casa (mesmo nosso ar ultimamente sendo um protótipo de lixo) ? O fato é que a tecnologia se impregnou de uma tal forma na vida das pessoas que deixá-la de fora é quase impossível, é angustiante.

E isso não é tão bom. Crianças crescem com a fluente rede de informações e deixam de praticar esportes, brincar de criança, viver uma criança (pô, vai jogar bola de gude ou brincar de esconde-esconde). É tanta informação que elas deixam sua inocência muito mais cedo do que o normal, do que o preciso. Sem contar, é claro, os efeitos que isso remete aos adultos de hoje e de amanhã.


Preciso dizer, gosto de certos pontos da tecnologia, são bons, querendo ou não, porém outros não me chamam a mínima atenção. Por vezes olho tudo de novo surgindo e temo que pode mais existir e até que ponto pode chegar a mente humana. As vezes acabaremos como em O Exterminador do Futuro, onde as máquinas dominam a Terra e tudo que há nela, inclusive os humanos.

Bem pessoal, vou-me indo.
Vejo vocês logo mais,
desculpem pela demora, mas o computador
simplesmente pifou aqui e ai já viram.


Mas agora estou aqui, então,
um abração a todos
e Até Mais!

8 comentários:

Angel disse...

Douglas, tudo o que você disse é uma realidade, e essa dependência que temos da internet, na minha opinião, vai, no mínimo, se manter, se não aumentar. A realidade que vivemos quando crianças, duvido muito que as proximas gerações vivam também. Só nos resta ver onde isso vai dar.

Seu blog é bem legal!

Abraços.

Rosana Ibanez disse...

Poxa Douglas, muito verdadeiro o seu texto e muito preocupante também.
Essa total dependência só nos dá a certeza de que as coisas tendem a piorar cada dia mais, infelizmente.
Na minha época tudo era tão diferente e éramos tão felizes.
Um beijão e sucesso p/você em 2010, viu?

Anônimo disse...

Tava com saudade.
E o que você disse é bem verdade.
A gente pode criticar e listar centenas de coisas ruins que a tecnologia e modernidade em geral nos traz, mas é inevitável o convivio e por vezes, o vicio! rs
o que cabe a nós é tentar tirar um bom proveito de tudo isso e tentar evoluir espiritualmente, sempre.
mente livre, corpo livre.

=*

Anônimo disse...

Douglas,

Como sempre gostei muito do seu texto e percebo muitas vezes essa dependencia...quando vc falou sobre as crianças e aí que me preocupo mais, as máquinas nos deixam frios, esquecemos das relações humanas, de amar...

Um bom final de semana...

Abraços...

Thalita Carvalho disse...

Ei Douglas!! Palavras sábias as suas. Também tenho essa preocupação com o rumo que nossas vidas estão tomando com tamanha evolução da tecnologia. Sabe, antes de ter um blog e trocar e-mails eu me correspondia com gente do Brasil todo por cartas. Eita tempo bom, de escrever uma carta, colocar no correio e checar a caixa de correspondência todos os dias a espera de uma resposta. Não como hoje, e-mail e resposta quase que instantânea. E o que me assusta é que as crianças hoje não conhecem esse prazer que eu conheci de simplesmente trocar cartas. Se elas souberem escrever uma carta ou mesmo preencher um envelope devidamente eu já me espanto porque essas coisas foram simplesmente deixadas de lado. E tem tudo mais o que você falou, a tela do computador tomou o lugar das velhas brincadeiras da nossa infância. Acho que cabe a nós tentarmos influenciar as crianças que estão a nossa volta, eu pelo menos tento fazer isso com meus primos menores. Sempre que tenho a chance ensino uma brincadeira das antigas para eles e nos divertimos brincando, esconde-esconde, passa anel (eles adoram essa!), adedanha, amarelinha, tanta coisa boa que está sendo perdida. Realmente, a tecnologia é uma coisa boa e uma coisa ruim ao mesmo tempo, acho que precisamos é aprender a usá-la.
bjos

La Sorcière disse...

Douglas, eu sou totalmente dependente da internet... assumidamente... não tenho como arrumar uma desculpa convincente. Esta história de blog me contaminou de tal maneira, que fico passada quando falta energia elétrica (aqui onde moro acontece DIRETO!), quando estou sem sinal ou algo do gênero. Meu marido fala: sai daí! vamos lá fora! E eu respondo: já vou!... E não vou.
Quero mudar! Será que tenho salvação?
Bjs

Eduardo Montanari disse...

Chego a ficar com raiva de mim mesmo pela dependência que as vezes sinto dessa fezes de computador e internet.
Outro dia meu monitor queimou e durante dois dias que fiquei sem usar o PC tive uma crise de abstinência.
Por sorte tenho outros afazeres, trabalho, vou nadar, mas ainda assim fiquei meio dependente de usar o pc todo dia. Isso bom não é, como diria o mestre Iodo.

railer disse...

eu cresci sem computador. só fui colocar a mão em um quando cheguei ao segundo grau. te digo que a minha geração (hoje na faixa dos 30) curtiu muito a infância e adolescência sem computador, celular etc e agora aproveita dessas novas tecnologias. a gente sabe valorizar muito mais as coisas 'ao ar livre'.