terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Metamorphosis

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Sou um adeus a cada hora do momento,
Percorrendo o longo eu ao longo de hoje,
Valendo-me de toda paz do grandioso tormento,
Da eliminação da alegria do fatídico feliz.
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Animal trancado, gaiola espectral,
Espelhos cercando a fera, reflexos do inferno interno.
A alma querendo arrego, os olhos pedindo refúgio,
Dolorida sua mente permanece, forte sua morte agora jáz.
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O amor que dedicado ao mundo foi lhe entregue,
Enquanto tirado lhe foi o pecado de pecar.
Quebrou as leis do regime colossal de uma verdade,
Soube o que fez e o que faz é apenas amar.
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A manhã é lenta e a luz tarda a aparecer,
O sol surgirá quando agonizar em seus orgulhos.
Olhos fechados para não enxergar o milagre.
Olhos mortos por que você já está morto.
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O que se foi, se foi, foi-se e não volta mais,
Deixa resquícios, envenena a alma pura,
Recolhe forças do feliz para deixá-lo triste.
Esfumaça o céu de noite, cansa o cansado coração.
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Eu desperto com a luz na negritude.
Me inspiro na alva vitória do branco
Desmorono no viés do poente,
Alaranjado e doente.
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O fim é o mesmo todos os dias:
A escuridão me espera,
A madrugada me devora
E a claridade.. bem, ela pode esperar mais um pouco.
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5 comentários:

Anônimo disse...

Vim postar um comentário talvez até pouco engraçado,mas sinceramente,sem comentários!

Eduardo Montanari disse...

Você deveria reunir tudo isso num livro, se é que já não o fez. Parabéns!

Anônimo disse...

E, saída do post último, Clarice marcou presença neste seu texto. Não sei, mas via-a aí, em cada lia, a cada traço, sem tirar nem pôr. Maravilhoso, adorei!

Abraço!

Kézia Lôbo disse...

Tempão que não passava por aqui!!!
SImplesmente ameiiii o poema!!! Tudo a ver!!!

La Sorcière disse...

Menino lindo:
Feliz Natal, muita alegria, cor e luz na sua vida!
Um beijo especial para vc!
Alê