terça-feira, 5 de julho de 2011

Melodia

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Estou morto. Mas a morte é minha maior poesia. O tempo voa, se desespera em correr ao encontro do fim. Feche os olhos, sussurre em meu ouvido o que você vê no escuro de seu próprio limite. O piano toca e minha alma dança. Minha melodia, minha maldição. Abra sua mente, sinta o cheiro do poder que tem em seu coração. Explore suas asas, encontre a pureza do céu. Viva seu maior dom chamado de vida. Eu continuarei aqui, a sua espera, treinando a valsa que dançaremos para lhe tirar todo o medo e qualquer preocupação. Viva. Eu morrerei contigo.
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Douglas Ibanez

Um comentário:

Anônimo disse...

Asas que se distendem do escuro provindas, talvez, de um sussurro… ou de um piano enviesado numa valsa limitada.
Gostei de ler!