quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Elemental


Labareda de fogo,
Que lambe meu solo, 
De terra molhada 
E teor ardente.

Seque minha fonte,
De vida útil. 
Tornando ao pó 
O que brota de mim.

Infiltra-me, 
De sua obscuridão risonha, 
Que cuido como um fruto,
Gerado ao silêncio do desespero.

Terremotos de água. 
Fuja! 
A fúria explode,
Em minha força nascente.

Sou da terra regada à certezas, 
Enfrentando incêndios do de repente.

De repente queima, 
De repente cinzas.

Quem sou eu?

Douglas Ibanez

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