segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Literatura do Nosso

Escreva seu nome em meu coração, narrando histórias fictícias de uma realidade inventada por uma mente que dança ao som da luz do meio dia, irradiando um calor permanente de fogo mortal.
 
Seja o autor de seu próprio desastre emotivo, transcrito na ponta de uma fina pena envelhecida por tinta escura de material perdido. Brinque com as palavras como brinca com a desilusão.
 
Equilíbrio derretido em sete espelhos azarados, quebrados em anos de sorte, refletindo o ruído da retribuição amarga que tarda a chegar em uma agonia destoante dos contos contados. Mergulhos à fantasia enlouquecida.
 
Sopre minha alma como ontem escolheu, entrelaçando laços deslaçados de um quadro abstrato de efeito anestésico, sem forma, sem permissão, apenas pulsando vivo como uma chama desrespeitosa que toma conta do infinito.
 
Feche os olhos. Dedilhando em minha pele uma profecia de portas abertas. Perdido na escuridão que enxergo, deitado entre luz e perdição. Escreva sua vida na minha, rasurando uma caligrafia desgonexa de paladar exótico.
 
Morte e Vida na literatura do nosso.

Douglas Ibanez
(02/10/2013 - 11h33)
 
 

Nenhum comentário: