quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Polpe-me


Eu sou do tipo maduro,
Que nem manga amarela.
Broto no alto, perto do céu.
Dispenso as verdinhas. Azedas.
Cheias de frescuras e acidez.

Mas tenho tempo durável,
Por isso aproveite! Enquanto sou amável.
Suba às alturas e me pegue jeitoso.
Me corte, divida. Deguste meu gosto.
Sou doce do tempo. Saboroso.

Caso contrário, me solto de ti.
Perco as estribeiras, caio para o chão.
Viro adubo na terra. Nasço outra vez,
Em outros pomares, tomares e amares.
E você verde de coração.

Douglas Ibanez
(11.11.2015 - 17h54)





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