terça-feira, 12 de maio de 2015

Abortos do Caos


Existe um glossário de egos difícil de identificar. Presentes em um aquário de ferro, com restos de cérebro, que um dia deixou de brincar. São peças que submergem com criaturas do pântano, um banho de óleo. Sem cura. Sem pranto.
 
Onde está a humildade que demora a se definir? Permanece no fundo, de olhos vermelhos. Com tristeza no sono e clitóris ferido, que nunca deixa de parir. São gritos de socorro, que nascem já mortos em meio a agonia.

São aquelas criaturas que teimam em se olhar no reflexo d'água preso ao matar. São milhares de anos que teimam em cair, sem sorte na queda - morrendo com o sorrir. Um adeus aos nascidos de fonte incerta, já que o inferno é uma festa de orgulho a partir.

Douglas Ibanez
(15.04.2015 - 19h11)

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