quarta-feira, 20 de maio de 2015

O Agora


Sou um anjo de asas castanhas, cuja cor se tingiu de laranja por vanguardas criativas que o tempo já não conseguia guardar. Foi-se o tédio maroto. Um míope teimoso que enxerga o horizonte sem muito esperar. 

São suaves toques de perfeição, que perduram meus anos descritos nas rugas que a poeira cobriu. O alienado de um mundo, que me observa do muro que nunca existiu. Sou caído. Vivido. Floresci aos horrores. Viajei entre mentes que jamais despertaram, mas que continuam carentes do sol que se veste com poesias do leste que o céu escreveu. 

Encontrei no futuro meu passado perdido: um pequeno menino que do dia nasceu. Foram horas comuns de três penas singelas, totalmente despertas do alheio ao meu eu. Hoje broto em alegria percebendo a bondade, que grita vontades que outrora neguei. Chorei minha verdade que se esconde em meu fora. Ele se chama "O Agora" de um anjo feliz.

Douglas Ibanez
(14.05.2015 - 19h25)

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