segunda-feira, 6 de julho de 2015

Em Pontas


Meu coração vive
Uma caixinha de música.
Melodias do além
Para bailarinas dormirem.

Um quarto fechado em poeira branca.
Flocos de neve com espelhos tristes.
O cerne de uma eterna coreografia
São vinte sonhos surrealistas.

Há uma gaiola de espinhos
Cujos pássaros já se foram.
Eles cantam sua ida ao nascer do dia,
Compondo melancolias de trás para frente.

Respiro a neblina.
Revivo ao anoitecer das estrelas.
Sem medo de observar os fantasmas.
Cortejos ao ninar dos espíritos!

Sem rumo, ou qualquer coisa assim.
Quero a sutileza de beijar o vento
Enxergando vertigens que a canção me entrega,
Girando em miragens que o destino cria.

Douglas Ibanez
(10.06.2015 - 12h46)




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