quarta-feira, 4 de maio de 2016

Ciranda de Onças


Vejo pintas
Onde não havia como haver. 
De repente surgiram, 
De repente, gritaram.

O rugido amargurado,
Ecoa como ecos de solidão
Raivosa, pedindo respeito, 
São crises da criação. 

Um talento de postura, 
Que se deita em amargura, 
Mais uma vez sem saber nada. 
Escreve momentos, respira palavras. 

Se um soco lhe atinge,
Enquanto enrola o teu rabo, 
Suspende o corpo e tateia o suspiro. 
Engarrafa na noite, em um umbigo. 

O cordão é pretensioso, se desprende, 
Desprendido.
Há menos dentes que fúria,
Embebido de gula - atraído.

Douglas Ibanez
(27.04.2016 - 0h44)


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