sexta-feira, 23 de julho de 2010

Conselho













Chorai minha querida.
Chorai minha doce árvore de tristeza,
por que o outono já está de partida
e suas folhas cairão até secarem
no mar de frio e sutileza.

O inverno mostrará sua face
e tudo se parecerá impossível de se vencer,
mas se lembre disso, minha cara:
Tudo você possivelmente poderá perder
e querer nesta vida e nesta terra
apenas a morte viver,
contudo lhe adverto, ao invés de cortar sua raíz seca..

Chorai minha querida.
Chorai minha doce árvore de tristeza,
pois pelas lágrimas angustiadas da tempestade
sua terra será regada
e sua natureza trará com o tempo e o vento
a maior força existente neste mundo soberbo.

A primavera em seu coração nascerá de sua pobreza
transformando o mundo em flor e o ódio em perfume,
lhe trazendo a alegria de olhar para tráz e dizer:
Sou feliz.

Chorai minha querida.
Chorai minha doce árvore de tristeza.
Chorai..
Douglas Ibanez

9 comentários:

La Sorcière disse...

Que lindooooo...
tão cheio de uma tristeza dolorida, mas lindo demais!

Dani Brito disse...

...Que as folhas das árvores choram o orvalho que as mãos do sol sempre secam, no colo confortante da primavera...

Kézia Lôbo disse...

Triste!!!
Adoro poemas tristes!!
Muito lindo!!!

Átila Goyaz disse...

belo poema triste!
abraços!

Dhyogo disse...

"A primavera em seu coração nascerá de sua pobreza
transformando o mundo em flor e o ódio em perfume"

Para aqueles que souberam interpretar, bela lição!

Paulo Alt disse...

mar de frio e sutileza
você sempre consege fazer eu ficar aqui interpretando seus poemas.

pra falar a verdade, não gosto muito desse mar de frio e sutileza, todo mundo jah deve ter nadado nele kkkk, mas a terra é regada e a gente espera pela primavera.

abraço doug
boa semana ae pra ti

Caio Lima disse...

Se esse choro servir para trazer de volta a vida dessa árvore, então é valido né! Afinal, depois da primavera, vem o verão.

;)

abraço mlk

Eduardo Montanari disse...

melancólico, mas bonito. O inverno pelo menos para mim é melancólico por natureza.

Anônimo disse...

Belo poema, muita inspiração, gostei do jeito que escreves. Abraços.